O Ministério Púbico Estadual anunciou, através do procurador geral Oswaldo Trigueiro do Vale Filho, que tão logo seja encerrada a eleição deste ano, vai pedir a demissão de todos os comissionados do Estado, que já somam mais de 34 mil pessoas.

Nesse meio também estão os que prestam serviços ao Estado. Pela promessa do procurador geral de Justiça todos eles também serão demitidos.

Era tudo o que o governador José Maranhão queria ouvir. O governo do Estado, movido pela lógica da campanha eleitoral deste ano, nomeou em cargos comissionados acima do que pode e por isso ultrapassou os índices que a Lei de Responsabilidade Fiscal permite.

Ganhando ou perdendo a eleição, a partir de outubro, Maranhão não mais vai pagar salários aos comissionados e prestadores de serviços. E não vai pagar por uma razão simples: todos eles serão demitidos a partir de novembro para que a folha volte a se enquadrar nos índices da LRF.

Então, o Ministério Público Estadual, ao anunciar que vai pedir a demissão desses funcionários comissionados, está dando um álibi ao governo para tomar a decisão das demissões.

“Nós estamos demitindo porque estamos seguindo a determinação do Ministério Público Estadual, mas não era a nossa vontade demitir”. Certamente será essa a frase que o governador José Maranhão usará para justificar as demissões e sair de bem com todos.

Porque se não demitir, Maranhão será enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal, ficando ou deixando o governo. É claro, lógico e evidente que ele não vai chamar para si problemas com a Justiça, se pode seguir a determinação do MPE.

Logo, o procurador Oswaldo Trigueiro deu a Maranhão o melhor discurso para justificar a demissão dos comissionados, que poderá tardar, mas não falhará.

Ou Maranhão demite ou será enquadrado nos termos da lei.

Fonte: Giro PB

Postado por: Marcelino Neto