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Portador do vírus HIV denuncia falta de médico infectologista no CTA da Secretaria de Saúde do Município de Patos

18/04/2015 às 14:04

Uma carta enviada a vários radialistas da cidade de Patos causou grande repercussão pelo teor confessional do remetente. O jovem, identificado devidamente na correspondência como sendo portador do vírus HIV, fez um apelo grave denunciando a falta de médico infectologista no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e no Serviço de Assistência Especializado (SAE), órgãos da Secretaria de Saúde do Município de Patos. Esse fato estaria prejudicando os usuários que necessitam tomar o coquetel de medicamentos para resistir às doenças oportunistas.

De acordo com o paciente, a ausência do médico infectologista há dois meses está fazendo com que os usuários de Patos e Região deixem de tomar o coquetel e para que pudessem tomar teriam que se deslocar para o Hospital Clementino Franga, em João Pessoa, para assim garantir o acompanhamento e receber a autorização para pegar os medicamentos do coquetel na Farmácia do CTA, em Patos.

O jovem denuncia na carta que o problema é gravíssimo, pois pessoas que são detectadas como sendo portadoras do vírus HIV estão sem o devido acompanhamento médico em Patos e também sem receber a medicação em tempo hábil. “Estou pedindo que vocês radialistas nos ajude por vários dias fazendo este apelo as autoridades de saúde, de justiça e a prefeita de Patos a resolver essa situação vergonhosa para os portadores de Patos e Região”, relatou em determinado trecho da carta o denunciante A.G.R, 27 anos.

Em contato com a coordenadora do CTA e do SAE, Fátima Leitão (foto), a reportagem foi informada que o problema de fato existe, pois a médica, Dra. Maíra, que prestava o serviço como infectologista, pediu afastamento e desde então o órgão se encontra sem o profissional. A coordenadora disse que está à procura de profissionais médicos na área de infectologia, no entanto, de acordo com Fátima, está difícil.

“Realmente complicou um pouquinho porque o nosso médico infectologista, Dra. Maíra, pediu exoneração do cargo. Era a única infectologista que tinha no nosso município, que por sinal o atendimento era SUS. Isso dificultou um pouquinho, só que toda gestão está disponível e aberta para profissionais da área que queiram suprir essa lacuna”, relatou Fátima. Ainda de acordo com a coordenadora do CTA/SAE, os medicamentos estão sendo entregues e os pacientes sendo enviados para Campina e João Pessoa para que os usuários não fiquem sem o atendimento.

 

 

Por Jozivan Antero – Patosonline.com

 

 

OUÇA entrevista com Fátima Leitão, coordenadora do CTA/SAE-Patos/PB

 

Áudio Fátima Leitão - Coordenadora do CTA

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