“Ficar calado diante da situação que se agrava não vai contribuir em nada”, diz professora da UEPB, em Patos
A falta de ações mais concretas por parte do Governo do Estado da Paraíba para melhorar a atual situação da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) foi motivo de protesto por parte de funcionários, professores, técnicos administrativos e de estudantes da instituição. Os manifestantes se uniram aos trabalhadores nesta quinta-feira, dia 30, em um ato no centro da cidade de Patos.
Falando sobre o atual momento da UEPB, a professora Lidiane Campelo relatou que a situação enfrentada pela instituição é grave e está colocando em risco a qualidade do ensino superior da única universidade pertencente ao Estado da Paraíba. Professora Lidiane disse que o Campus VII, em Patos, está correndo risco de impedir o ingresso de estudantes devido a problemas estruturais e as dificuldades da instituição estão sendo ignoradas pelo Governador Ricardo Coutinho (PSB).
“Esse protesto se deve as crescentes precarizações do trabalho que nós temos na instituição, a falta de um espaço próprio, de estrutura física adequada, a falta de salas de aulas, ao atraso nas bolsas estudantis, a falta de política para a assistência estudantil por conta da precariedade do orçamento atual da instituição, ao desrespeito a data-base, pela greve dos técnicos da UEPB e a mobilização que precisa ocorrer, porque ficar calado diante da situação que a cada ano se agrava, só piora, não vai contribuir em nada. A gente precisa mostrar para a sociedade, para o governo paraibano, pra todas as pessoas a qualidade social, a importância social que a UEPB tem na região, especialmente de Patos, mas na Paraíba como um todo. Ela é tratada com descaso!”, disse professora Lidiane.
A UEPB, Campus Patos, funciona no Bairro Salgadinho em prédio emprestado pela Secretaria de Educação do Estado da Paraíba e enfrenta graves problemas por falta de espaço. O Campus também depende de salas emprestadas pela Escola Estadual Dr. Dionísio da Costa (PREMEM) que está vizinho ao Campus. A UEPB não abrirá o Curso de Química que está previsto devido a problemas de espaço para tal.
Outro problema diz respeito à falta de professores, pois a UEPB oferece vagas de forma precária para professores substitutos e muitos não aceitam as condições de trabalho. Os professores substitutos denunciam falta de 13º salário, baixos salários, além de cargas horárias elevadas. Devido a essas questões, os professores não estão indo em busca de trabalhar como substitutos e as vagas estão sem preenchimento deixando estudante sem professores em algumas disciplinas.
Por Jozivan Antero – Patosonline.com
OUÇA entrevista com a professora Lidiane Campelo: