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Rei Léo: Meia do Ríver carrega marcas de superação

04/05/2015 às 17:05

O novo meia do Ríver do Piauí carrega no rosto as marcas de sua superação. Desde a primeira intervenção cirúrgica, aos 6 meses de idade, foram mais de dez operações na vida de Léo Olinda — e nenhuma delas relacionada ao futebol.

Durante seu  arto, o cordão umbilical enrolou-se no rosto, que nasceu aberto, com traumas nos ossos da face: os médicos deram a Léo uma expectativa de dois meses de vida.

“As cirurgias nunca me atrapalharam, só me davam mais força para eu continuar com meu sonho”, diz o meia, hoje com 30 anos, 360 meses a mais do que os médicos lhe davam.

Franzino, com 1,66 metro e 58 quilos, a carreira de Léo Olinda não foi comum: passou pelas categorias de base de clubes como o América de Pernambuco e o Recife e disputou campeonatos amadores antes de se profissionalizar tardiamente, aos 23 anos, pelo folclórico Ibis.

Pelo clube, cuja fama é a de pior do mundo, foi o artilheiro da segunda divisão pernambucana, quando sua carreira finalmente teve sequência: passou por Salgueiro (PE), ABC (RN) e Auto Esporte (PB) antes de ser contratado pelo Ríver, líder do Piauiense.

O preconceito, no entanto, ainda está presente na vida de Léo. Já foi insultado em uma partida por um adversário e, recentemente, alguns torcedores do Ríver ironizaram sua condição na página do clube no Facebook.

Uma minoria que Léo Olinda não leva em conta, graças à força que aprendeu na família: “O carinho que minha mãe e minhas avós tiveram comigo foi o mais importante. Sempre me trataram com igualdade e foi assim que me ensinaram a viver”.

Ao alcançar a terceira década de vida, o meia tem mais três motivações para continuar superando os obstáculos: seus dois filhos e a esposa. “Fala dela: é mais uma mulher guerreira que entrou na minha vida e me deu as melhores coisas da minha vida.”

 

Léo Olinda com os colegas de Ríver | Crédito: Site oficial do Ríver

Fonte: Revista PLACAR

 

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