Golear em um jogo de Copa do Mundo pode até ser algo normal. Mas não na final.

Marcar quatro gols em 16 minutos de jogo pode até não ser inédito. Mas não se espera ver isso em uma final.

Ver uma atleta marcar um hat-trick não é tão surpreendente. Mas não em uma decisão.

Gol do meio de campo? Você talvez já tenha visto vários. Mas na decisão de um Mundial?

E tudo isso aconteceu neste domingo, em uma das finais mais memoráveis da Copa do Mundo feminina.

Com um começo simplesmente arrasador, os Estados Unidos venceram o Japão por 5 a 2 para se sagrarem campeões da competição disputada no Canadá. Lloyd (três vezes), Holiday e Heath fizeram para as americanas. Ogimi e Johnston (contra) descontaram para a seleção asiática.

Foi o terceiro título das americanas, que conquistaram o torneio em 1991 e 1999 e ainda foram vice-campeãs em 2011, quando perderam justamente para as japonesas.

Dessa forma, os EUA se isolaram como o país mais vencedor na competição, deixando a Alemanha (dona de dois títulos) para trás.

O jogo também teve nome e sobrenome: Carli Lloyd.

A meio-campista, camisa 10 do time e de 32 anos, já havia demonstrado sua importância para a equipe aos marcar nas oitavas, nas quartas e na semi deste Mundial. Antes, já havia sido decisiva em duas finais olímpicas.

Neste domingo, foi ela que transformou a partida em algo surpreendente.

Aos dois minutos, apareceu na área após cobrança de escanteio para fazer 1 a 0. Dois minutos depois, em um lance semelhante, fez o segundo. Aos 14, ela viu Holiday fazer o terceiro.

Mas o melhor veio aos 16 minutos. Após recuperar a bola, ela olhou para a goleira Kaihori e chutou. Do meio de campo. E fez um dos gols mais inesquecíveis da história das Copas.

O time japonês, praticamente destruído em apenas 16 minutos, ainda conseguiu se aprumar novamente. Descontou aos 27 minutos, com Ogimi. O técnico Norio Sasaki fez duas alterações ainda na primeira etapa.

O Japão respirou. E até sonhou com uma reação histórica. Aos sete minutos do segundo tempo, Johnston, contra, fez o segundo para as japonesas.

Uma esperança com tempo definido: dois minutos depois, Heath aproveitou a sobra e fez o quinto para garantir o título das americanas.

Do ESPN.com.br