“Esse lema ‘Pátria Educadora’ é infeliz, pois não se tem coerência”, diz professora durante manifestação em Patos
Professores, técnicos administrativos, servidores e estudantes da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Patos (UFCG/Patos), e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), saíram às ruas do Município de Patos na manhã desta quarta-feira, dia 29, para protestar pelo descaso que vem sendo enfrentado pela educação no Brasil.
As duas instituições estão enfrentando movimentos de paralisação dos servidores em decorrência de greve que exige melhores condições de trabalho, fim dos cortes nas verbas destinadas a educação, além de reposição salarial devido às perdas que são decorrentes da inflação e da falta de reajuste nos últimos anos.
Os manifestantes se reuniram em um primeiro momento na Praça Getúlio Vargas (Coreto I) edepois saíram em caminhada até o largo da Oi-Telemar, Rua Bossuet Wanderley, centro de Patos. Portando faixas e utilizando carro de som, os participantes chamaram a atenção da sociedade para o risco que está correndo a educação pública em decorrência de cortes significativos nas verbas destinadas ao setor por parte do Governo Federal.
Fazendo uso da palavra, a professora Solange Karpeo, da UFCG/Patos, disse que reconhece em um primeiro momento o avanço que se teve a educação em nível superior, mas que atualmente vem sendo realizados cortes que estão prejudicando o progresso da universidade e da educação como um todo. “Não temos como dar uma educação de fato sem que se faça o investimento que isso requer. Nesse momento, o lema de ‘Pátria Educadora’ é muito incoerente e até infeliz, pois não está sendo educadora. Nós não estamos de acordo com isso que vem sendo feito na educação”, relata professora Solange.
O professor Lavosier Morais, do IFPB/Patos, disse que dos 15 campi do IFPB, 14 estão em greve. Apenas o campi de Picuí não está em greve devido o período de férias, no entanto, os servidores podem deliberar para adesão ao movimento quando voltarem. A pauta de reivindicações também diz respeito ao fim dos cortes na educação, melhores condições de trabalho, igualdade de benefícios, além de reposição salarial.
Por Jozivan Antero – Patosonline.com
OUÇA entrevista com a professora Solange Karpeo e o professor Lavosier Morais: