Em julgamento realizado na manhã desta terça-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) manteve a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD-PB) que multou o Botafogo-PB por colocar à beira do gramado, o treinador Roberto Fonseca, que deveria cumprir uma suspensão no Campeonato Paraibano 2015. Com a ratificação da decisão da primeira instância, o Belo segue como vice-campeão estadual e representante do estado na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste do ano que vem.

O técnico foi expulso do banco de reservas na 4ª rodada do quadrangular final do Campeonato Paraibano, contra o Campinense, e, na rodada seguinte, Fonseca foi para a beira do gramado comandar a equipe botafoguense, sem cumprir a suspensão.

O tribunal paraibano reconheceu o erro do time paraibano e multou a equipe em R$ 80 mil. O Belo recorreu e a multa foi abatida para R$ 8 mil. O Treze, que sempre foi um interessado neste processo jurídico, recorreu à instância superior, alegando que o clube paraibano deveria perder pontos pela escalação irregular. 

Terceiro colocado do Paraibano deste ano, o Galo pleiteava ficar com o vice-campeonato estadual, o que lhe garantiria as vagas nas copas do Brasil e do Nordeste no ano que vem.  Mas o STJD acabou mantendo a última decisão da primeira instância, deixando o Belo com o segundo lugar da competição e com as vagas nas competições de 2016. Todos os sete auditores presentes no julgamento acataram a tese da defesa botafoguense, que defendia que o clube não podia perder pontos por essa situação. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva só prevê perda de pontos no caso de escalação irregular de atletas.

Segundo Alexandre Cavalcanti, advogado do clube,  o Botafogo-PB agora pode ter tranquilidade para planejar a próxima temporada.

- Foi mantida a decisão do TJD-PB que prevê uma multa de R$ 8 mil. Nós defendemos a tese de que o clube só podia ser punido financeiramente, sem perda de pontos. Agora é focar na próxima temporada, para fazer um time que dê mais alegrias do que neste ano - comentou Alexandre. 

Por Pedro Alves

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