Brasil e Itália disputam vaga na final do Mundial de Vôlei
Antes de a bola subir para o Mundial, eles já não se bicavam. Um lado dizia que o regulamento era caseiro, o outro respondia que a reclamação não passava de choro antecipado.
Ao longo do torneio, as farpas foram se multiplicando: a anfitriã passeou em seu caminho tranquilo até a semifinal; o atual campeão pisou no freio de propósito para pegar uma trilha mais fácil. Sabotagem no treino, acusações duras de lado a lado, e o clima de tensão crescendo ao longo de duas semanas.
Agora, finalmente, os dois gigantes vão resolver suas diferenças na bola. Cada um com sua cota de polêmica, Brasil e Itália jogam a semifinal neste sábado, às 16h, encarando a vaga na decisão como se fosse um prato de comida.
Com duas derrotas na competição, a seleção brasileira luta para ir à final e conquistar o tricampeonato, igualando a marca dos donos da casa, invictos no torneio até agora. Provocações? Confusão? Dedos em riste? Só vai dar para saber quando a bola estiver no ar, na Arena de Roma certamente lotada de torcedores fanáticos. O SporTV transmite a partida ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real.
No jogo que antecede a batalha, às 12h (de Brasília), Cuba e Sérvia medem forças também na briga por um lugar na final.
header o que esta em jogo
Brasil: A vaga na final, a chance de igualar o tricampeonato italiano e a resposta, na bola, para as polêmicas que se arrastaram ao longo do torneio.
Itália: A prova de que tem vôlei suficiente para derrotar a melhor seleção dos últimos anos sem precisar do regulamento amigo.
Escalações
Brasil: O levantador Bruninho, os meios de rede Lucão e Rodrigão, os ponteiros Murilo e Dante, o oposto Leandro Vissotto e o líbero Mário Jr. O técnico Bernardinho ainda pode contar com Marlon, Sidão, Giba, João Paulo Bravo e Theo.
Itália: O levantador Vermiglio, o meios de rede Mastrangelo e Sala, os ponteiros Savani e Parodi, o oposto Fei e o líbero Marra. O técnico Andrea Anastasi ainda pode contar com Travica, Lasko, Birarelli, Cernic e Zaytsev.
Fique de olho
Brasil: O central Rodrigão é experiente, tem um ataque de meio mortal e pode fazer a diferença para a seleção brasileira no bloqueio.
Itália: Aos 31 anos, Fei está devendo no Mundial, mas ainda é um inegável destaque italiano. O oposto de 2,04m mescla experiência com força.
header o que eles disseram
Bruninho (levantador do Brasil): "Vai ser um jogo difícil, pois A Itália é um time que joga taticamente muito bem. Tem jogadores experientes, que cometem menos erros do que Cuba e Rússia, por exemplo. É uma equipe de muito volume de jogo".
Fei (oposto da Itália): "É um time de força física e que joga taticamente muito bem. É difícil de enfrentar. Não é o Brasil de Ricardinho e Gustavo, mas quando chega à final, se fortalece".
Números e curiosidades
* Brasil e Itália conquistaram os últimos cinco Campeonatos Mundiais. O Brasil venceu em 2002 (Argentina) e 2006 (Japão). A Itália venceu em 1998 (Japão), 1994 (Grécia) e 1990 (Brasil).
* O mais importante confronto entre Brasil e Itália aconteceu na final dos Jogos Olímpicos de Atenas-2004. Na ocasião, dia 29 de agosto, a seleção brasileira venceu por 3 sets a 1, com parciais de 25/15, 24/26, 25/20 e 25/22.
* O Brasil não perde uma partida para a seleção italiana há sete anos (ou 11 jogos). A última vitória italiana aconteceu no dia 21/6/03, na Liga Mundial, em Brasília: Itália marcou 3 sets a 0, parciais de 29/27, 25/23 e 25/19.
* Bernardinho já comandou o Brasil em quatro finais contra a Itália, vencendo todas: Liga Mundial de 2001, Troféu Consorzio, em 2001, Liga Mundial de 2004 e Jogos Olímpicos de Atenas-2004.
Último confronto
No dia 22 de agosto de 2008, Brasil e Itália se enfrentaram nas semifinais dos Jogos Olímpicos de Pequim. A seleção brasileira, que terminou a competição com a medalha de prata, venceu por 3 sets a 1, com parciais de 19/25, 25/18, 25/21 e 25/22.
Globoesporte.com