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Programa de pavimentação gera polêmica por contemplar ruas já calçadas e excluir outras com mais necessidade na cidade de Patos

26/03/2016 às 12:03

A Prefeitura Municipal de Patos lançou na última segunda-feira, dia 21, o que a gestão da prefeita Francisca Motta (PMDB) considera o maior programa de pavimentação da história da cidade. O anúncio foi realizado no Centro de Cultura Amaury de Carvalho, Praça Edivaldo Motta, centro. Os recursos foram adquiridos através do empréstimo de cerca de 15 Milhões de Reais junto a Caixa Econômica Federal e também com recursos do próprio Município.

Ao todo, de acordo com informações oficiais, devem ser contempladas 123 ruas com a construção de calçamentos e outras 32 com aplicação da pavimentação asfáltica. Serão 155 vias, mas os moradores começaram a questionar os locais que terão calçamento, pois algumas ruas já têm pavimentação em grande parte enquanto outras com mais necessidade ficaram de fora do programa.

A Rua Joaquim Dedé, localizada no Conjunto Bivar Olinto, tem 98% de todo o seu trajeto com calçamento e asfalto, porém o programa de pavimentação incluiu a referida rua para receber calçamento mais uma vez. O senhor Gilberto Vicente, mais conhecido por Meu Bom, disse que os próprios moradores fizeram uma cota e pagaram pelas obras de pavimentação em frente de sua casa. “Fomos nós que calçamos! Só falta aquele pedacinho alí”, relata Meu Bom.

O sanfoneiro Manoel Valadares, morador da Rua Evangelina Rodrigues, Bairro Maternidade, disse que os moradores estão revoltados com a exclusão do trecho que está interditado pelos próprios residentes da localidade. A Rua Evangelina Rodrigues tem sido palco de manifestações devido a avenida ser de bastante movimentação de automóveis, porém vem sendo esquecida pelas gestões da cidade de Patos. “Meu amigo, aqui, para falar a verdade, é generalizado uma revolta de todo mundo. E não é só esse povo da Evangelina Rodrigues não! É aqui ao redor da Maternidade. Já tá trancado aí faz mais de mês!...Esse montando de dinheiro! Tire um por cento para aqui”, comenta Manoel Valadares.

Na Rua Arnaldo Assis, Bairro Novo Horizonte, a situação é também de indignação, pois a rua estava incluída na primeira lista que foi divulgada com a ajuda do vereador Diogo Medeiros, no entanto, com a lista oficial a localidade foi esquecida. Os próprios moradores se uniram e realizaram o serviço de galeria para facilitar o serviço quando fosse realizado o calçamento, mas agora só resta à revolta. “Essa primeira lista trouxe a todos os moradores da rua muita alegria e satisfação, pois essa é uma das ruas mais prejudicadas do Novo Horizonte. Nessa segunda lista traz muita revolta e indignação de todo o setor”,desabafa Raniery Gomes.

 

Fernando Nery, morador da Rua Joana Justino, Bairro Monte Castelo, disse que não entende como a rua que é a principal e a primeira em se tratando de ligação de acesso para retorno entre a Ponte do Figueiredo e a Nova Ponte do Jatobá ficou de fora. “A Rua Joana Justina, vamos dizer assim, é uma rua importante na questão do fluxo, pelo fato de ela ser a primeira rua que serve de retorno quando a gente passa da ponte do Jatobá antiga e você quer voltar pro centro. O trânsito ficou muito grande aqui e a poeira que prejudica os moradores! Houve aquela verba que ninguém sabe como foi destinada para o Monte Castelo...e não foi calçada. Agora tem outra verba e a Joana Justino ficou mais uma vez de fora”, diz Fernando Nery.

Na próxima segunda-feira, dia 28, às 18h00, a Câmara Municipal de Patos, que já aprovou o projeto em 1ª votação, irá realizar uma sessão especial para ouvir a população a respeito do tema. Logo após, o vereadores realizarão a 2ª votação, onde reafirmará o resultado da 1ª, ou modificando o voto e anulando a decisão inicial. “Espero que o povo vá para sessão, pois ainda não temos as medições e existem ainda muitas dúvidas sobre a pavimentação”, comentou o vereador Diogo Medeiros (PSB).

 

 

Por Jozivan Antero – Patosonline.com

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