Já era por volta das 23h30 desta segunda-feira, dia 28, quando se deu por encerrada a audiência pública da Câmara Municipal de Patos com a finalidade de discutir com a sociedade o programa de pavimentação de ruas da cidade. A ideia era discutir o programa e logo após realizar a 2ª votação do projeto que autoriza empréstimo de mais de R$ 14.000.000,00 para a Prefeitura Municipal de Patos executar as obras.

Quando somados os recursos adquiridos junto da Caixa Econômica Federal e do próprio município, a quantia chega aos R$ 19.000.000,00 para calçamento em paralelepípedos e também pavimentação asfáltica.

Ao todo serão mais de 150 ruas beneficiadas, no entanto, os critérios usados para escolha das ruas, questões de saneamento básico, ruas prioritárias e tempo para execução foram a tônica da sessão que foi marcada também por tensão e relatos dos vereadores e representantes das comunidades.

Os primeiros a usarem a tribuna da Casa Juvenal Lúcio de Sousa foram os vereadores e logo após os representantes das associações dos moradores, lideranças comunitárias e cidadãos de ruas a serem beneficiadas ou não com o programa. Jefferson Melquiades, Diogo Medeiros, Jardelson Pereira, Fernando Jucá, Isis Carla, Sales Júnior, Toinho Nascimento, Lucinha Peixoto, Cláudia Leitão, Nadirgerlane Rodrigues, Inácio de Gelo e Maurício Alves se revezaram na tribuna com posições divergentes, porém em apoio ao programa, no entanto, as ressalvas foram suficientes para adiar a votação para esta terça-feira, dia 29.

Ao usarem a tribuna, representantes das associações se dividiram em criticar o programa pela forma abrupta que estava sendo discutido, pela ausência de projeto de saneamento básico, pelas ruas excluídas, além de perguntarem quais os critérios usados para beneficiar umas ruas em detrimento da exclusão de outras, entre estas destaque para Rua Ageu de Castro (Noé Trajano), Rua Evangelina Rodrigues (Maternidade), Rua Arnaldo Assis (Novo Horizonte), Rua Aluizio Araújo (Jardim Redenção), dentre outras. O plenário contou com um bom número de moradores de diversos bairros da cidade.

A polêmica continuou mesmo durante as explicações dos representantes da prefeita Francisca Motta que mostraram o porquê das ruas serem contempladas e outras não. De acordo com Marcone Santos, da Secretaria de Infraestrutura do Município, os recursos que foram liberados são insuficientes para atender todas as ruas, pois o projeto mais amplo não foi aceito por falta de recursos, sendo aprovado o atual com mais viabilidade técnica e financeira.

Uma nova reunião entre os vereadores e a prefeita Francisca Motta marcada para a manhã desta terça-feira poderá definir se o projeto vai ser aprovado ou não. O grupo dos vereadores considerados “rebelados” se uniu e querem mais esclarecimentos sobre valores, critérios técnicos e outras questões.

Por Jozivan Antero – Patosonline.com