Situação dramática leva funcionários a acionarem justiça contra empresa que presta serviços para Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos
Os servidores terceirizados do laboratório que presta serviços a GERIR, empresa que administra a Maternidade Dr. Peregrino Filho, e que foram contratados pela empresa Wald Orleans Soares Ferreira-ME que é de propriedade do Bioquímico Wald Orleans Soares Ferreira, ajuizaram perante a Vara do Trabalho de Patos diversas ações judiciais pedindo autorização para paralisar suas atividades em virtude do atraso médio de cerca de três meses de salário, bem como pela falta de pagamento do 13º salário referente a 2015.
Os trabalhadores alegam que o laboratório vem sem pagar os salários há vários meses, não deposita o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), não repassa os valores descontados dos trabalhadores ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), dentre outras questões das leis trabalhistas.
Os trabalhadores relataram a reportagem que, além das questões salarias e dos demais direitos, eles estão sem condições de prestar um serviço adequado, pois faltam insumos básicos, tais como máscaras apropriadas, seringas e até materiais como detergente e água sanitária. Os profissionais responsáveis pela realização dos exames chegaram ao ponto de ter que recusar reagentes impróprios para o uso, mas que foram fornecidos pelo empregador mesmo sendo questionado pelos servidores.
A revolta se agrava cada vez mais devido ao atraso criminoso de dos vários meses de salários. Alguns trabalhadores denunciaram ainda que estão sem ao menos ter carteira assinada, não podem se alimentar no refeitório da Gerir e cumprem jornadas de plantão de 12 horas por 36 ou de 24 horas por 72. As denuncias apresentadas a justiça consta que até folhas de pagamento foram adulteradas.
Os funcionários constituíram advogado para defendê-los e confessaram a reportagem que se sentem reprimidos devido às represálias que podem vir a acontecer.
A Justiça do Trabalho na cidade de Patos está analisando o caso e em breve pode se posicionar sobre o pedido de liminar para suspensão do contrato de trabalho desses servidores, bem como para o bloqueio dos recursos necessários para pagar as dívidas junto aos trabalhadores prejudicados.
A reportagem tentou contato com a empresa Wald Orleans Soares Ferreira-ME para se posicionar sobre o caso, porém não obteve êxito. O espaço fica aberto para os devidos esclarecimentos por parte da empresa citada.
Por Jozivan Antero – Patosonline.com