De acordo com informações oriundas de órgãos que monitoram precipitações pluviométricas foram registradas chuvas na região do sertão na noite desta quinta-feira.

A previsão da metrologia é de que nesta sexta-feira (22), novas ocorrências sejam observadas em algumas cidades, mantendo-se áreas de instabilidade atmosférica, com chuvas localizadas e registro de trovoadas. 

Estudos relacionados à temperatura da superfície do mar (TSM) mostraram a aproximação do fenômeno "La Niña", que resfria as águas da região e, conseqüentemente, interfere nas chuvas.

Em recente entrevista concedida a Rádio Espinharas, o bacharel e mestre em metereologia, Dr. Rodrigo Cézar Limeira, avaliou como positiva as condições invernosas para a região em 2011.

Diante da probabilidade de chuvas no semi-árido, com base nas condições observadas atualmente, aponta para 90% de chance de chover acima da média e 10% de precipitações em torno da média em ano normal.

Nos últimos dias a cidade de Patos, considerada a mais quente da região, tem registrado um aumento gradativo da temperatura, o que ocasiona uma sensação elevada na população que sente os efeitos térmicos.

As chuvas registradas não são ainda prenuncio de inverno, no entanto renova a esperança diante do quadro que hoje no sertão se amolda como uma realidade.

No campo, onde o agricultor plantou, junto com as sementes de arroz, feijão e milho, a esperança de uma boa safra foi substituída pelo inverno que não se consolidou neste ano.

O plantio definhou antes da colheita das primeiras vagens. O milho murchou. O arroz morreu de sede e sol. Conforme levantamento feito pela reportagem da Rádio Espinharas os agricultores que hoje sofrem os efeitos da estiagem com diversas comunidades sendo abastecidas por carros-pipa, sequer pasto para o gado está sendo disponível sem que haja uma ação de complementação por parte de criadores da região.

Os registros pluviométricos podem não resolver a situação neste primeiro momento, no entanto fortalece a esperança quanto a uma realidade de chuvas acima da média no semi-árido nordestino para 2011.

Da Redação: Marcelino Neto