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CRM-PB fiscaliza Hospital Infantil Noaldo Leite, em Patos, nesta quarta-feira (7)
07/12/2016 às 08:12
A equipe do Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) pode interditar eticamente, na manhã desta quarta-feira (7), o Hospital Infantil Noaldo Leite, em Patos, em virtude da falta de anestesistas na escala de plantão da unidade.
O hospital é o único na região de Patos com referência no atendimento de emergência e clínica-cirúrgica em pediatria. Com a interdição ética médica, dezenas de cirurgias e atendimentos serão suspensos.
De acordo com o diretor de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, o hospital só dispõe de anestesista em sobreaviso, que são convocados quando há necessidade de algum procedimento cirúrgico. “Um hospital de emergência não pode funcionar desta forma. Se a escala não for normalizada, o hospital será eticamente interditado e os médicos da unidade não poderão prestar qualquer tipo de atendimento”, destacou João Alberto.
João Alberto disse que o impasse envolvendo o Hospital Infantil Noaldo Leite teve início em março, quando uma criança faleceu após esperar oito horas por uma cirurgia, que não foi realizada em tempo hábil porque o anestesista, em sobreaviso, não conseguiu chegar à unidade antes do agravamento do estado de saúde do paciente. “Uma sucessão de problemas, que teve início no hospital universitário em Cajazeiras, culminou no óbito da criança. Porém, ao apurar os fatos, descobrimos a falta de anestesistas de plantão no Hospital Infantil Noaldo Leite”, destacou.
Na última quinta-feira (1), o CRM-PB recebeu um ofício assinado por um grupo de cirurgiões que atende na unidade hospitalar informando que as cirurgias serão paralisadas até que sejam contratados anestesistas para o hospital.
Da Assessoria