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Mobilização contra e Reforma Previdenciária ganha às ruas de Patos

15/03/2017 às 15:03

 

Foi realizada na manhã desta quarta-feira, 15, no centro de Patos, uma mobilização contra a Reforma da Previdência e contra o Presidente Michel Temer.
O movimento concentrou-se na Praça Edvaldo Motta e em seguida percorreu a avenida principal em direção a Associação Comercia e Industrial de Patos onde juntou-se aos sindicatos de professores, funcionários públicos municipais e estaduais. Depois, em frente ao prédio da Prefeitura, representantes dos Sindicatos discursaram sobre os motivos do movimento.
O vice-presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região – SINFEMP, José Gonçalves, explicou que o movimento foi organizado contra a Reforma da Previdência que retira a aposentadoria por tempo indeterminado dos trabalhadores e trabalhadores do país. Ele conceituou a Reforma Previdenciária.
“Uma reforma previdenciária perversa, além de perversa, essa Reforma Previdenciária, temos aí a Reforma Trabalhista que, segundo o Senador Paulo Paim, é pior do que a da Previdência.  Um reforma sindical que vem também pra desmantelar as organizações dos trabalhadores e trabalhadores. Então nós estamos aqui realizando essa manifestação, esse dia de luta pelo Fora Temer, por eleições gerais e contra essa Reforma previdenciária, trabalhista e sindical”, pontuou.
José Gonçalves ainda destacou que o movimento também tem o objetivo de denunciar os deputados, deputadas e senadores da Paraíba que estão votando contra os trabalhadores. Ele informou que na Paraíba, de 12 deputados, apenas Luiz Couto (PT) é a favor dos trabalhadores, e que os três senadores também tiveram um posicionamento contra.
O vice-presidente ainda afirmou que fazendo uma análise, não há necessidade de realizar a Reforma, uma vez que o déficit da Previdência não é causado pelos trabalhadores. “Em nossos contracheques, se for da iniciativa privada, vem desconto do INSS, se for servidor público vem desconto do INSS ou dos Institutos de Previdência. Esse rombo da Previdência são justamente os sonegadores desse país e nós sabemos que os sonegadores são os fazendeiros, os industriais, é o empresariado nacional, é justamente a elite desse país que não paga imposto. Agora nós, não tem nem como não pagar porque já é descontado na fonte”, lamentou.
O representante da agência do INSS em Patos, Francisco Ramos, disse que estão querendo assassinar a Previdência Social, pois, será difícil uma aposentadoria por tempo de contribuição nos atuais moldes que querem aprovar.
Em seu discurso, Francisco explicou a dificuldade que os homens e mulheres encontram para conseguir a aposentadoria. Ele afirmou que as pessoas que procuram aposentadoria por tempo de contribuição, no caso de mulher, acima de 40 anos, e homem acima de 50 anos, para conseguir o tempo de contribuição, de 30 ou 35 anos, ou até do professor, 25 anos para a mulher, vê-se a extrema dificuldade para conseguir o seu direito, pois, às vezes não conseguem ou tem que trabalhar mais um tempo exigido para se aposentar. 
Ele ainda pontuou que fez uma simulação e que uma pessoa que começar a trabalhar aos 27 ou 28 anos, vai se aposentar em torno de 79 e 80 anos de idade. “É o final da aposentadoria. Por isso digo a vocês, vamos à mobilização, falem com os amigos, com a família, repassem isso para todos e vamos à mobilização”, alertou.
Através de sua Assessoria, o deputado federal, Hugo Motta, disse que do jeito que está, a Reforma é injusta.
“É preciso dialogar mais com a sociedade antes de colocar as propostas em votação. A Reforma da Previdência, do jeito que está, não é justa com os trabalhadores brasileiros”, pontuou.
Por Acilene Candeia - Patos Verdade

 

 

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