Incêndio foi contido, mas fumaça do lixão continua na cidade de Patos
Mais uma vez a população da cidade de Patos está sendo vítima da negligência e da falta de solução dos governantes para dar correta destinação às toneladas de lixo recolhidas diariamente e despejadas no chamado lixão. Desde domingo, dia 27, um incêndio no local tirou o sossego dos cidadãos e reabriu a discussão: até quando sofreremos com a fumaça tóxica?
De acordo com a Defesa Civil do Município de Patos e com o 4º Batalhão do Bombeiro Militar (4º BBM), as chamas foram contidas nesta terça-feira, dia 29, porém a fumaça proveniente da queima interna no lixão, conhecido por “fogo de monturo” continua sendo sentida e vista em diversos bairro da cidade e provocando danos à saúde.
Uma força tarefa criada pela Prefeitura Municipal de Patos conseguiu conter as chamas, mas a fumaça poderá persistir por três dias ou até mais. As opiniões sobre como o incêndio teria tido início se dividem: uns acham que foi criminoso, mas outros afirmam que pode ter sido fruto da combustão instantânea devido ao volume surpreendente pela falta de manutenção no local.
A gestão do PMDB, nos últimos 12 anos, perdeu prazos estabelecidos pelos órgãos governamentais e de justiça, negligenciou a preparação de novo terreno para criação do aterro sanitário e não deixou encaminhamento de projetos. Já a gestão do prefeito Dinaldinho Wanderley (PSDB), deixou a falta de manutenção no lixão chegar a níveis perigosos. Isso levou a manifestação de trabalhadores com material reciclado, que sobrevivem no local, a denunciarem o descaso.
Um dos desafios do prefeito Dinaldinho é encontrar solução para criação do aterro sanitário, até porque, o Aeroporto Brigadeiro Firmino Ayres só irá funcionar conforme exigências da Secretaria de Aviação Civil (SAC), sendo solucionado o problema no lixão na cabeceira da pista. Outra exigência é da própria sociedade que tem um lixão em local inapropriado, sem critérios ambientais e que causa transtornos a cada incêndio.
O Grupo Independente de Análise, Ação Social e Política de Patos (GIAASP) já encabeçou abaixo-assinado que coletou mais de 5.000 assinaturas pedindo solução para o lixão. O documento foi entregue ao Ministério Público Estadual (MPE) e se espera um posicionamento sobre o caso.
O lixo recolhido na cidade de Patos é rico em material reciclado, gás metano e não dispõe de chorume em quantidade. Essas características dão ao lixo recolhido a possibilidade de gerar recursos e vida digna para trabalhadores e o próprio poder público, no entanto, o lixão da cidade de Patos, atualmente, é uma vergonha em todos os sentidos.
Por Jozivan Antero – Patosonline.com