Sem salários! Trabalhadores da Maternidade e do Complexo Hospitalar Regional clamam por justiça em Patos
Nesta segunda-feira, dia 01, a reportagem do Patosonline.com foi procurada por um funcionário do Complexo Hospitalar Regional. Ele relatou que a situação está desesperadora e que ninguém fala nada sobre os quase dois meses de salários atrasados no hospital e na Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos.
“Estamos sem receber o salário referente a fevereiro! Agora entramos em abril e ninguém apresenta algo concreto. Tem colegas que moram em outras cidades e estão pagando transporte e alimentação com dinheiro tomado emprestado. Confesso que é uma humilhação que estamos passando! Estamos sem estímulo para o serviço e ainda o fazemos por compromisso ético e medo das perseguições”,relatou o funcionário do hospital que pediu para não ser identificado.
Na Maternidade Dr. Peregrino Filho a situação é semelhante. Vários funcionários estão buscando a justiça do trabalho para receber seus vencimentos e os direitos trabalhistas. “Corro o risco de ser demitido, mas não foi ficar de braços cruzados sem receber pelo meu trabalho. Tenho compromissos, tenho família e não posso ficar sem receber pelo meu serviço desempenhado. Já fizemos até campanha para colegas em situação ainda pior, pois só dependem do salário daqui”,desabafou um funcionário da Maternidade.
No último dia 28 de março, de acordo com informações, o Ministério Público Estadual (MPE), o Ministério Público do Trabalho (MPT), representantes do Governo do Estado da Paraíba, bem como diretores do Instituto Gerir, empresa privada que administra a Maternidade Dr. Peregrino Filho e o Complexo Hospitalar, celebraram a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para garantir meios de liberação de recursos por outros canais para pagamento de trabalhadores e fornecedores, no entanto, os trabalhadores temem que apenas o mês de março seja pago e fique fevereiro.
O descontrole do Gerir teve início quando a justiça determinou bloqueou de recursos repassados pelo Governo da Paraíba para as contas do instituto. Tal determinação foi necessária para garantir pagamentos diversos que o Gerir não estava cumprindo. Desde então, os problemas se agravaram e o Governo da Paraíba não tem tomados medidas enérgicas para garantir a normalização dos serviços.
Por Jozivan Antero – Patosonline.com