Voluntários do Instituto Jabre, uma ONG que trabalha com ações socioambientais no Pico do Jabre, denunciaram ao Ibama a existência de uma armadilha para animais na mata.  A área possui tonéis e lonas que além de impedir o trânsito de animais, ajudam a capturar várias espécies da fauna.

Foi montada no local, próximo a árvore barriguda que é referência na mata pelo porte e beleza, uma série de depósitos de cor azul intercalados com um plástico, que juntos medem aproximadamente 30 metros. Quando os animais percebem o bloqueio tentam escapar aproveitando algum desnível e acabam caindo dentro dos túneis verticais de plástico.

O problema já foi descoberto por praticantes de esporte radicais e comunicado ao Ibama através de e-mails com fotografias e telefonemas. Informações que circulam na cidade atribuem o recolhimento de animais a um homem que se identifica como provável professor da Universidade Federal de Campina Grande. Ele alega está fazendo um estudo sobre répteis, mas existem muitas controvérsias.

Segundo o voluntário do Instituto jabre, Gustavo Wanderley, qualquer trabalho de pesquisa no Pico do jabre deve ter a autorização da prefeitura e dos órgãos ambientais como Sudema e Ibama. Ele argumentou que esse tipo de intervenção atinge grande parte dos animais, pois qualquer bicho pode ser vítima dessa armadilha.

O prefeito de Matureia, Daniel Dantas, assegurou que parte desses problemas ambientais do pico está com os dias contados, pois formará uma comissão para negociar verba de apoio para manutenção do parque. “Não suportamos mais esperar por decisões externas, agora as ações irão partir do município e da justiça local com apoio da comunidade”, alfinetou.

Renata Dantas