Segundo a nota, a reclamação apresentada pelo São Paulo ao STJ teve seguimento negado pela ministra Isabel Gallotti nesta quinta-feira. Para o clube, o juiz carioca contrariou decisão do próprio tribunal em 1999 que teria decretado o Sport vencedor do Nacional de 1987. O time paulista alegou que o Flamengo pretende rediscutir um tema já resolvido pelo órgão.

"O STJ já se manifestou a respeito de quem é o campeão do ano de 1987 e tal decisão já transitou em julgado há mais de 11 anos, não sendo possível nenhum órgão, seja ele do Poder Judiciário, ou a própria CBF, decidir de maneira diversa do disposto no título judicial", afirmou o pedido do time paulista, que pretendia manter consigo a “Taça das Bolinhas”. A Justiça do Rio de Janeiro já havia determinado sua devolução à Caixa.

A ministra Isabel Gallotti explicou em sua decisão que o STJ não se manifestou sobre o mérito da questão, isto é, sobre quem efetivamente é o campeão brasileiro de 1987. O que foi julgado em 1999 apenas confirmou que era inviável ser apreciado pelo STJ o recurso especial contra decisão favorável ao Sport.

“Como se vê, sequer foi tangenciado o mérito da causa no exame do recurso especial, não se podendo afirmar, portanto, que tenha sido ofendida a autoridade de decisão do STJ”, afirmou a relatora no processo.

A interminável novela da Taça das Bolinhas colocou em oposição dois dos maiores clubes do futebol brasileiro: o São Paulo e o Flamengo. A ideia é que o troféu seja oferecido ao primeiro pentacampeão nacional ou tri consecutivo. O título de 1987 é o 'divisor de águas' da questão, já que se o clube carioca for considerado o campeão ele estará apto a ficar com a taça.

Por intermédio da presidente Patrícia Amorim, o Flamengo já se considera detentor da Taça, tanto é que confeccionou uma camisa comemorativa do fato. O São Paulo ainda não se pronunciou oficiamente sobre o caso, mas já havia dito que brigará em todas as instâncias para ficar com o troféu. Vale lembrar que a decisão do juiz carioca Gustavo Quintanilha Telles de Menezes apenas obriga que a Taça das Bolinhas retorne para a Caixa até que a situação seja resolvida de fato.

Fonte: Uol