Saúde em crise: médicos paralisam atividades em Patos
Após mais de dois meses da entrega de um documento e tentativa de negociação com a Secretaria de Estado da Saúde objetivando uma equiparação salarial com os profissionais que atuam nas cidades de Campina Grande e João Pessoa, médicos na cidade de Patos decidiram paralisar nesta sexta-feira (08), o atendimento à população com exceção dos casos tipificados em urgência e emergência.
A posição foi tomada em uma reunião acontecida na quinta-feira, no auditório do 6º. Núcleo de Saúde. Dos 40 médicos presentes, 35 votaram favoráveis a mobilização e paralisação de advertência. Só não compareceram ao encontro aqueles profissionais que exercem cargos de direção ou confiança.
Serão garantidos os atendimentos de urgência e emergência, mas não haverá atendimento nos ambulatórios e nem serão realizadas cirurgias ou exames eletivos.
O principal motivo é a insatisfação dos profissionais com o valor pago aos procedimentos médicos. Por causa do movimento, todos os exames e consultas serão cancelados e remarcados.
O movimento vai se estender por dez dias, para que a secretaria apresente uma solução, caso contrário poderá acontecer à entrega dos plantões extras e seletivos, ou seja, aqueles sem vínculos empregatícios.
O que restaria ao atendimento os plantões médicos dos profissionais concursados correspondendo hoje a pouco mais de 27%.
Em números, os concursados não teriam condição de manter o serviço essencial funcionando em 30%, pelo menos foi o que informou Dr. Janio Cipriano Rolim – presidente da Cooperativa dos Médicos Urgentistas do Interior da Paraíba.
“Reivindicamos a isonomia salarial. Não aceitamos mais sermos tratados inferiormente a Campina Grande e João Pessoa. Os valores praticados nestas duas cidades também terão de ser praticados em Patos” definiu.
O médico falou ao repórter Marcelino Neto em entrevista colhida na manhã desta sexta-feira.
Da redação Marcelino Neto