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Política

Estado nega aumento e médicos permanecem em greve em Patos

25/04/2011 às 21:04

Continua o caos no Sertão da Paraíba com relação aos hospitais públicos da cidade de Patos, diante da decisão dos médicos de encerrar os plantões nas unidades regional, infantil e maternidade. A informação repercutiu na tarde desta segunda-feira (25), na Rádio Paraíba FM.

Segundo informações, em alguns casos a polícia chegou a ser acionada para conter o desespero de mães em busca de socorro para os seus filhos.

Em entrevista, o diretor do Hospital Jandhuy Carneiro, o médico Eliseu Melo, admitiu que a situação é crítica.

- Estamos com uma vacância em pelo menos 70% dos plantões dessa casa, além da situação crítica que se encontram as três casas de saúde da cidade de Patos. A gente está informando com detalhes para que o suporte venha e a população não tenha prejuízo na sua assistência – disse o médico Eliseu Melo.

Ele acrescentou também que “o momento é muito difícil. De um lado a Secretaria de Saúde diz que não tem recursos e de outro os médicos querem isonomia proporcional ao que ganham as cooperativas de Campina Grande e João Pessoa”.

O presidente da Cooperativa dos Médicos, Jânio Rolim, ratificou que os profissionais não pedem aumento e apenas equiparação.

- Nós não estamos pedindo aumento. Isso tem que ficar claro. O que estamos pedindo é um tratamento de igualdade, o que é constitucional – declarou Rolim.

Durante visita à cidade no último fim de semana, o secretário de Saúde do Estado, Waldson Dias de Souza (foto), disse que o governo não vai negociar com a categoria.

- A gente tem na verdade uma idéia negativa desse movimento, que está causando um prejuízo muito forte à população. O Estado tem uma posição de não realização de aumento a nenhuma categoria, a exemplo do que aconteceu com a Polícia Militar. A categoria médica precisa ter bom senso porque não há como priorizar unicamente os salários que eles recebem neste momento – afirmou o secretário.

O secretário concluiu dizendo que “a gente não vai negociar valores. Estamos negociando simplesmente a qualidade dos serviços, principalmente para a população que está desassistida”.

 

Fonte: Paraibaonline

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