José Gonçalves afirma: SINTEP hoje é uma entidade desacreditada
Ao ser indagado nesta terça-feira pelos jornalistas Marcelino Neto e Adilton Dias sobre o movimento paredista dos professores, o Presidente do SINFEMP- Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região, José Gonçalves, afirmou que estaria faltando base no SINTEP, fato que impossibilita êxito na discussão salarial tornando a entidade desacreditada.
“No passado era reconhecida por um trabalho de base, atualmente sem renovação das direções não é capaz de realizar uma assembléia na cidade reunindo cinqüenta professores” afirmou.
José Gonçalves foi mais além, citando que os funcionários do estado não tem mais essa confiança no sindicato.
Sobre as dificuldades na campanha salarial, não deixou de reconhecer que o número de contratações no estado é um dos fatores que estaria relacionado a esta situação.
“Na Paraíba a questão dos protempores vem se arrastando por muito tempo e os governos vão empurrando com a barriga. Não se faz concurso público.” Lembrou.
No tocante ao posicionamento atual do governador Ricardo Coutinho, o sindicalista atestou como prejudicial e autoritário esquecendo o seu surgimento das bases sociais.
“Foi em relação aos médicos, aos policiais militares e agora com os profissionais em educação esse tratamento para um governo que se diz de esquerda não pode estar acontecendo. A realidade demonstra a sua aliança com o que é de pior na política da Paraíba e do Brasil através do PSDB, DEM e o PPS”, disse.
Com relação à representação política de Patos o Presidente do SINFEMP alfinetou lembrando a ausência diante da crise vivenciada, dos deputados da base aliada de Ricardo Coutinho que segundo ele não faz a defesa do governo.
“Acho que esse comportamento do governo não faz avançar a luta do povo e não favorece ao estado da Paraíba sair desta situação de extremo atraso em todos os aspectos. Se formos analisar também o governo anterior vamos perceber que também foi atrasado”.
Uma alternativa para o SINTEP passaria necessariamente, segundo o entrevistado, pela renovação de lideranças, por um trabalho de base focado no servidor e acima de tudo pela realização de concurso público.
Matéria: Marcelino Neto
Foto: Ary Ramalho