O ex-jogador Kita, de 53 anos, passa por um drama: após realizar uma cirurgia para reconstituir os ligamentos do tornozelo esquerdo, ele contraiu uma infecção hospitalar e teve que amputar parte do pé.

Kita segue internado na UTI do Hospital Prontoclínica, em Passo Fundo (RS) desde a semana passada. Em nota oficial, o hospital informou que seu estado é grave.

Segundo informações da imprensa de Passo Fundo, o ex-atleta de Inter de Limeira, Grêmio, Inter, Flamengo, Portuguesa, Atlético-PR e Figueirense tem uma série de problemas de saúde - como diabetes - que contribuíram para o agravamento da infecção que resultou na amputação.

Companheiro de Kita na Seleção Brasileira que conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de 1984, em Los Angeles, Mauro Galvão, hoje dirigente do Avaí, aguarda boas notícias.

- Estou torcendo por ele. Acompanho as notícias para saber como ele está. Tenho boas recordações dele. Dentro de campo, sempre foi um cara muito correto e guerreiro. É uma pessoa que merece ser relembrada, pois foi um grande jogador - afirmou Galvão.

Carreira de sucesso

Revelado no Juventude, em 1983, pelo técnico Luiz Felipe Scolari, o passo-fundense foi artilheiro do Gauchão daquele ano, ao balançar 15 vezes as redes adversárias.

Na sequência, em 1984 foi para o Internacional, onde marcou 34 gols pelo Colorado e disputou as Olimpíadas ao lado de jogadores como Dunga, Mauro Galvão, Luis Carlos Winck, entre outros.

Um dos pontos mais altos da carreira de Kita foi o inédito título paulista de 1986, pela Inter de Limeira. De quebra, ele foi o artilheiro da competição, com 23 gols, o mais importante deles no segundo jogo da final contra o Palmeiras, vencido por 2 a 1 pela zebra do interior.

Com destaque nacional,  Kita foi contratado no segundo semestre do mesmo ano pelo Flamengo, onde teve bons momentos. No ano seguinte, porém, acabou negociado com a Portuguesa. Em 1989,  pôs mais um troféu no currículo, ao ajudar o Grêmio a ser campeão da primeira edição da Copa do Brasil.

Em 1990, Kita chegou a Curitiba com recepção digna de craque e como uma das grandes esperanças do Atlético-PR. Aos 32 anos, não decepcionou os torcedores e conquistou o seu último título como jogador profissional: o Campeonato Paranaense de 1990, além de ser o goleador do Furacão na competição, com dez gols.

Após o Atlético-PR, Kita ainda foi para Santa Catarina, onde defendeu o Figueirense e depois retornou ao interior gaúcho, encerrando a sua carreira em 1995, no time de Passo Fundo.

Fonte: Globoesporte.com