Pobres são os que sofrem pela falta de equipamentos no Hospital Regional de Patos
O Hospital Regional de Patos, Deputado Janduy Carneiro, atende inúmeras pessoas diariamente. Os problemas na saúde dos que procuram o Hospital são os mais diversos, desde dor de cabeça aos acidentes que presenciamos cotidianamente. Toda vez que uma ambulância do SAMU cruza as ruas com sua sirene pedindo passagem, ela está indo ao Hospital Regional deixar aquele que precisa de cuidados médicos. Como os postos de saúde da cidade de Patos com raras exceções prestam o serviço de consulta, o Hospital Regional acaba sendo o refúgio dos desesperados.
Os governos, diga-se se passagem todos que nos últimos 20 anos administram o Estado da Paraíba, ainda não deram a atenção merecida ao Hospital Regional de Patos que deveria ser umas das referencias em nível de nordeste. A grande parte dos problemas na saúde do sertão, sem encontrar solução no Hospital de Patos, são encaminhados para as cidades de Campina e João Pessoa, a chamada “ambulâncioterapia”. Talvez se tenha chegado a hora de parar de maquiar o Hospital e discutir abertamente as questões mais urgentes para que a saúde avance sem a politicagem que muitos estão acostumados a fazer. Alguns até torcendo para que fique pior. Passos foram dados, mas ainda são poucos diante da complexidade que envolve a saúde.
Muitos pobres, sem o tratamento completo na sua saúde após sair do Hospital Regional de Patos, são na verdade mandados para sofrer em casa junto aos seus familiares. Esse é o caso da senhora Maria Aristides da Silva, 66 anos, mãe de 8 filhos, residente na Rua do Meio, localidade bastante conhecida em Patos. Dona Maria foi funcionária da Prefeitura Municipal de Patos por 40 anos e hoje é aposentada com o mísero salário mínimo que mal dá para os medicamentos. Dona Maria é portadora de Diabetes.
Dona Maria Aristides teve um problema no seu pé que se agravou devido à doença de diabetes. Passou 17 dias internada no Hospital Regional de Patos e teve que ter parte do seu pé amputado. O médico Jânio Rolim, que fez a cirurgia, comunicou à família que seria necessária fazer um exame de cateterismo e logo depois uma angioplastia para recuperar a área afetada com a amputação. Como o Hospital Regional de Patos não dispõe dos serviços que custam em média 11 mil reais, a senhora foi mandada para casa mesmo com fortes dores. Solução bastante cômoda para as autoridades.
Filhos, netos e demais familiares estão se revezando fazendo massagem nas proximidades do local da amputação para aliviar as dores da aposentada que não dorme há vários dias devido a isso. A referida matéria tem o claro intuito de chamar a atenção das autoridades para darem uma solução ao caso que é de responsabilidade do Sistema Único de Saúde - SUS e do próprio Hospital Regional de Patos que atendeu e fez a cirurgia.
Um dos únicos bens que a família possui é a simples casa que está localizada na Rua do Meio como foi citado na matéria. Devido às dores de Dona Aristides, o seu esposo está tentando vender a casa para obter os recursos para o tratamento.
A situação do Hospital Regional de Patos deve ser tratada com uma ampla discussão com o atual diretor e os que administram a saúde em Patos e no estado. Ou então casos como esse continuarão se repetindo, envergonhando nosso povo e mais ainda as autoridades da Paraíba.
Fonte: Jozivan Antero – patosonline.com
Postada por Higo de Figueirêdo