Exploração de barro prejudica população de cidade de Taperoá
A população de Taperoá, no Cariri paraibano, está se mobilizando para realizar uma campanha no sentido de cobrar das autoridades a suspensão da exploração ilegal de argila naquele município. Segundo informações, são retiradas diariamente mais de 50 caminhões - e até carretas -, o equivalente a 200 toneladas de barro.
Além do desgaste do solo, a retirada do barro vem causando grandes problemas à população taperoaense. Em decorrência do intenso trânsito, a rodovia estadual PB 238 está ficando ainda mais esburacada. Na estrada vicinal por onde os caminhões passam, as casas estão todas danificadas, inclusive com rachaduras.
Um pequeno condomínio construído entre a Associação Atlética Banco do Brasil - AABB e o Hotel Pedra do Reino, é um dos mais prejudicados. A reportagem confirmou o problema, inclusive, as rachaduras em algumas casas, sem se falar na grande poluição provocada pela poeira produzida pelos carros.
O diretor da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) em Campina Grande, Roberto Almeida, já foi informado do fato e prometeu tomar as providências. Recentemente, o Ministério Público Federal na Paraíba fez novas recomendações ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e à própria Sudema para evitar o uso indiscriminado das autorizações de pesquisa em extrações volumosas de areia nos leitos e margens de rios no estado, e também será cientificado sobre o problema existente em Taperoá, onde, segundo denúncias, não há licença para exploração da argila.
O barro explorado de forma indiscriminada do solo taperoaense é levado para as cerâmicas do município de Parelhas, no vizinho estado do Rio Grande do Norte, onde é transformado em tijolos e telhas. "O pior é que a empresa é de fora, não gera nenhum emprego aqui e não recolhe impostos", disse o agricultor Severino Meira de Arruda, que também está prejudicado.
Uma ação civil pública já foi impetrada na Justiça, mas até o presente não existe uma decisão, embora que as extrações irregulares estejam causando danos ambientais irreparáveis.
Fonte: Ascom
Postada por Higo de Figueirêdo