Quebra de braço longe do fim: Ricardo diz que não dialoga mais e auditores do Fisco mantêm greve
A quebra de braço entre o Governo do Estado e os grevistas parece que está longe do fim. O governador Ricardo Coutinho (PSB) disse em entrevista na manhã de hoje (25) que não vai mais dialogar com os auditores fiscais em greve há mais de quase um mês. Os grevistas diante das declarações do governador estão irredutíveis e disseram que o movimento vai continuar.
Ricardo alegou que já esgotou o diálogo com os grevistas. O governador disse que já ocorreram mais de 19 audiências com os auditores, nas quais participou de duas, e não se chegou a um denominador comum.
"Não é possível se conversar tanto e disponibilizar números. Não é uma coisa minha e sim do Estado e da Lei de Responsabilidade Fiscal", disse o governador sobre os motivos para não atender aos grevistas que reivindicam o pagamento do subsídio da categoria aprovado em Lei.
Ricardo rechaçou o movimento dizendo que o Estado não pode entrar na ilegalidade, referindo-se à Lei de Responsabilidade Fiscal, por causa de uma só categoria.
O presidente do Sindfisco, Victor Hugo, disse que a categoria vai manter a greve até que o Governo cumpra a determinação legal sobre o pagamento do subsídio.
O sindicalista, no entanto, disse que os 30 por cento dos serviços continuarão sendo cumpridos, dando prioridade às mercadorias destinadas a serviços essenciais, como é o caso da Saúde.
"Nós continuaremos a cumprir o que manda a Lei, despachando aquelas mercadorias que têm caráter mais urgente", garantiu.
Os prejuízos com a greve do Fisco podem chegar a cerca de R$ 3 milhões ao dia e o conforme o Governo já ameaça o pagamento da Folha do Estado e do duodécimo dos poderes.
