A greve dos auditores fiscais, que já dura mais de trinta dias, tem gerado um prejuízo aos cofres públicos que até o momento pode superar os 85 milhões de reais. Nessa batalha dos trabalhadores do fisco com o governador Ricardo Coutinho – PSB, que se recusa a pagar o que determina a lei do subsidio conquistado pela categoria, o governo vem perdendo a batalha, mas não que reconhecer tal fato.

No acionamento da justiça por parte do governo para que fosse visto a ilegalidade ou legalidade da greve do fisco, o governo perdeu e a justiça analisou em parecer que a greve é legal e tem respaldo baseado em lei criada por governos anteriores. O governador Ricardo Coutinho segue ignorando o movimento grevista, sem dialogar com a categoria e criando mais um desgaste visível no seu primeiro ano de gestão.

O governador assumiu publicamente que no mês de janeiro de 2012 dará reajuste salarial para todas as categorias dos servidores estaduais. No caso do fisco é diferente, pois os trabalhadores não estão pedindo reajuste salarial, e sim que a lei do subsidio que garante ganho financeiro a cada vez que o estado aumenta sua arrecadação seja cumprida.

Nos oito meses do governo de Ricardo Coitinho já foi registrada a greve da Polícia Militar, dos professores, dos médicos, dos servidores do Instituto de Previdência do Estado da Paraíba – IPEP, dos policiais civis e agora dos trabalhadores do fisco. Nessa última, o governador tem exagerado a dose e o conflito tem sido permanente, chegando ao ponto do governador se irritar ao ser perguntado pela imprensa patoense sobre o caso.

Respaldados em lei, recebendo salários, com apoio de parte da opinião pública, com um sindicato forte e combativo, os trabalhadores do fisco seguem lamentando a falta de diálogo do governo. Nessa greve especifica, os prejuízos econômicos são visíveis e deixarão marcas num estado que já amarga indicadores sociais baixos. Quando a greve acabará ninguém sabe, só dependo do governador.

Fonte: Jozivan Antero – patosonline.com

Postada por Higo de Figueirêdo