Confira o que aconteceu na sessão extraordinária da Câmara de Patos sobre a venda do Centro Administrativo do município
A sessão Extraordinária da Câmara Municipal de Patos, nesta segunda-feira (02) sobre o Projeto de Lei n. 36/2011 de autoria do Poder Executivo propondo a desafetação e posterior leilão do Centro Administrativo, prefeito Aderbal Martins, começou com farpas entre o presidente vereador Marcos Eduardo (PMDB) Ivanes Lacerda (PSD). É bom lembrar que todos os vereadores se fizeram presentes à sessão, visto que será injetada nos bolsos de cada um a quantia de R$ 595,00 (quinhentos e noventa e cinco reais) por sessão, através do GETON extra e se confirmado as 05 (cinco) reuniões esse valor sobe para R$ 2.975,00 (dois mil novecentos e setenta e cinco reais) para cada vereador.
É que antes do anúncio dos trabalhos Legislativos o presidente pediu ao vereador Sales Júnior 1º secretário da Mesa Diretora, que lesse um anúncio de uma das Cláusulas (art. 34) contidas no Regimento Interno da casa, sobre a liberação da participação do público para acompanhar a sessão, com a ressalva de que todos mantenham um comportamento ético para que o processo não seja prejudicado.
No pedido "pela ordem", o vereador Ivanes Lacerda repudiou a iniciativa do presidente e disse que a "ditadura militar" não existia mais naquela casa. Acabou ascendendo o estopim da discussão entre ambos.
É que por maior que sejam as sessões realizadas pela Câmara durante anos, Eduardo nunca leu a cláusula atribuindo poderes e direitos para expulsar do recinto quem tentar de qualquer forma atrapalhar os trabalhos do Poder Legislativo.
O vereador José Motta Victor (PMDB) criticou na Tribuna os erros de Português supostamente existentes no PL. Disse que o governo deve tomar cuidado na redação dos projetos antes da apreciação, votação e aprovação.
Já se manifestaram contrários ao PL os vereadores, Edileudo Lucena (PT), José Mota Victor, Ivanes Lacerda e para surpresa de todos, o vereador Edimilson Araújo. Surpreendentimente Almir Mineral líder do governo na Câmara, disse que pretende converter a decisão de Araújo até a próxima quarta-feira (04) só não explicou como. Isso surpreendeu o auditório que se manifestou na hora em que Mineral tentou convencer a decisão de Araújo.
Ao utilizar a Tribuna o vereador presidente Marcos Eduardo se mostrou favorável ao Projeto, porém desvirtuou o assunto criticando o governo do estado ao se referir ao fechamento de escolas estaduais no município.
Ao final da sessão o líder do governo municipal Almir Mineral anunciou um telefonema do prefeito Nabor Wanderley solicitando permissão para utilizar a Tribuna na 2ª parte da sessão extraordinária que acontece nesta terça-feira (03).
A iniciativa de Nabor é justificar a importância da venda do imóvel para o município e mostrar aos vereadores e a própria sociedade como pretende aplicar os recursos arrecadados com o leilão.
A decisão dos vereadores foi unânime em aceitar a vinda do prefeito Nabor Wanderley e até elogiaram a iniciativa dele, porém a ressalva, principalmente da oposição, é que junto do prefeito participe o Procurador de justiça do Poder Legislativo José Lacerda e que a sabatina aconteça com os dois.
Imediatamente Almir Mineral propôs também a participação do Procurador de Justiça do Poder Executivo na sessão desta terça o que foi veementemente negado pelos vereadores Ivanes Lacerda e José Mota causando assim uma indigestão no final da reunião que acabou por volta das 21h:30m.
O presidente Marcos Eduardo que reforçou o voto favorável a venda do Centro Administrativo propôs que os vereadores decidissem a vinda ou não dos procuradores em reunião secreta com as Comissões após o término da sessão e a resposta será apresentada logo mais na 2ª parte da sessão extraordinária sobre a Privatização do Centro Administrativo de Patos.