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Explicações: Lideranças sociais de Patos se reúnem com diretor da 6ª Regional de Ensino

12/01/2012 às 03:01

A discussão envolvendo o fechamento de duas escolas por completo devido à readequação e de mais duas que perderam o ensino fundamental ainda deixam dúvidas sobre a medida impopular. Para entender o processo que levou ao reordenamento, e consequentemente ao fechamento da Escola Estadual Dom Fernando Gomes e Alexandrino Rodrigues, como também a perda do ensino fundamental na Escola Estadual Dr. Dionísio da Costa – PREMEN e Escola Normal, lideranças sociais estiveram reunidas com Kacio Rogerio, diretor da 6ª Gerência Regional de Educação para buscar mais explicações sobre o processo.

Três conselheiros do Orçamento Democrático Estadual – ODE, José de Anchieta, Luciano Dias e Edvaldo de Araújo, todos de Patos estiveram na reunião que contou ainda com o Pastor John Philip e com o gerente do orçamento na região, Silvonetto Silva. Para kacio: “A medida de reordenamento nas escolas já era para ter acontecido há mais de 5 anos, mas faltou coragem para tomá-la. Depois os frutos serão colhidos e a sociedade compreenderá que elas foram acertadas mesmo diante de muitas críticas hoje”.

Para Kacio o Município é responsável pelo ensino fundamental, o Estado pelo ensino médio e a União pelo ensino superior, mas isso não estava acontecendo e os interesses de grupos políticos prevaleciam sobre as razões lógicas que poderiam ajudar bastante à educação no Estado da Paraíba, e consequentemente em todas as cidades. No caso da Escola Dom Fernando, kacio mostrou através de estatísticas que a escola estava subutilizada com desperdício de recursos e com funcionários ociosos, sendo necessário reordenar todo espaço para ser utilizado na sua plenitude de capacidade. Em um dos trechos do documento apresentado sobre a Escola Dom Fernando, consta: A referida escola conta com um quadro de funcionários composto por 26 professores: sendo 10 efetivos e 16 prestadores de serviço, e com 40 funcionários de apoio, sendo 9 efetivos e 31 prestadores. Os dados apresentados demonstraram que a escola terminou 2011 com 396 alunos, isso incluso desde o ensino fundamental até a Educação de Jovens e Adultos - EJA. Para a 6ª Gerência de Educação esses estudantes podem ser absorvidos pelas demais escolas que estão próximas, Auzanir, CAIC e Coriolano de Medeiros. A Escola Dom Fernando passará a sediar a 6ª Gerência de Educação e um Centro de Treinamemto de Professores.

“Com a criação do ensino médio em todas as cidades, houve uma queda no número de estudantes que vinham à cidade de Patos, isso foi notório, mas não existiu uma observação nesse caso e foi se deixando como está. Eu estudei na Escola Auzanir e sei disso porque presenciei a perda dos estudantes”, confessou Edvaldo.

“O que está existindo é que parte da imprensa usa certas questões para transformar em palanque político cada decisão de governo. Ao invés de esclarecer a sociedade, essa imprensa faz suposições e cria tensões desnecessárias”, relatou Pastor John.

Quanto à questão da Escola Normal e do PREMEN que funcionavam o ensino fundamental, foi explicado que no caso da Escola Normal essa jamais poderia ter funcionado ensino fundamental e no caso do PREMEN será dado espaço para funcionar o ensino técnico. A Escola Alexandrino Rodrigues, que também será fechada, foi dito que não existe condição de ser melhorada por falta de espaço e que seria melhor reordenar o número de estudantes para outras unidades nas proximidades.

Ao final da exposição e das dúvidas esclarecidas, os presentes reconheceram a necessidade de reordenar as escolas e de que o estado comece a oferecer uma melhor educação em todas as escolas e não em algumas como tem acontecido atualmente. Para os presentes, o que de fato aconteceu, e ainda está acontecendo, é falta de comunicação e estratégias para evitar tão grande repercussão na sociedade.

 


Fonte: Jozivan Antero – patosonline.com

Postada por Higo de Figueirêdo

 

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