Procissão dos homens é realizada em Patos
O silêncio da madrugada da Sexta-feira da Paixão é quebrado pelo som das matracas (instrumento de madeira com ferro que reproduz som forte e substitui a campainha) anunciando a tradicional procissão dos homens que parte da Igreja da Conceição transladando a imagem do Senhor Morto até a Catedral de Nossa Senhora da Guia.
Mesmo sob os olhares curiosos das mulheres grande massa presente na vida da Igreja esta noite é marcada pela participação ativa dos homens que assumem sua fé percorrendo algumas ruas do centro da cidade Patos entoando cânticos, orações e refletindo sobre o mistério da paixão com as estações da Via Sacra tudo isto envolvido num clima de profunda misericórdia, contrição e arrependimento.
Por vezes esta procissão historicamente foi questionada pelo fato de traz a tona uma visão machista ou exclusivista da fé e assim não “tão democrática”. Para quebrar este tabu basta que entendamos um pouco de sua história abaixo relacionada:
Sentido Histórico da procissão dos homens.
Essa manifestação da fé dos homens teve início em meados da década de 50 onde alguns homens se reuniam para simplesmente carregarem a imagem do Senhor Morto que durante todo o ano fica no interior da Igreja da Conceição e, portanto se fazia necessário transportá - La até a Igreja Catedral onde o andor seria preparado para a procissão que acontece logo após a Ação Litúrgica da Paixão do Senhor.
O que antes era apenas um costume foi pouco a pouco ganhando espaço na celebração dos mistérios da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo e por conseguinte despertando na igreja a necessidade de organização deste momento em espaço propício de evangelização respeitando a tradição e alinhando à programação específica da Semana Santa na Catedral de Nossa Senhora da Guia.
Carlos Ferreira – Pascom da Catedral.
Atenção: Foto meramente ilustrativa