De fala mansa, tranqüilo e com cautela ao escolher as palavras, o técnico do Nacional, Gilmar Batista, participou na noite desta segunda-feira (30), do programa Debate Esportivo, na Rádio Espinharas AM e FM. O treinador respondeu questionamentos da apresentação e dos ouvintes.

Sempre com muita cautela, Gilmar demonstrou ser um cara tranqüilo, paciente e que pensa bem antes de responder e dar opiniões. O treinador alviverde, pediu um pouco de paciência ao torcedor e disse que o Nacional será um time de posse de bola.

"O nosso time em dois jogos segurou bem a bola, tocou, manteve a posse, mas faltou a agressividade ao gol adversário. Nosso time será de posse de bola, mas temos que dentro dessa posse atacar, tentar levar perigo a meta do oponente; assim teremos o domínio sem arriscar perder os jogos", disse Gilmar.

Em relação a formação usada nos amistosos, Batista afirmou que esse período é reservado para testes, e ele junto com a comissão técnica vem procurando a melhor forma para o Naça atuar.

"No primeiro jogo-treino, eu joguei com dois zagueiros, nos demais usamos três, mas isso não quer dizer que vai ser assim durante todo o campeonato. Podemos ir de 4-3-3 ou 4-4-2 ou quem sabe de 5-3-2, a situação é quem vai mostrar qual esquema vamos usar", explicou.

Quanto aos pedidos da torcida em colocar e sacar jogadores do time, Gilmar foi espirituoso e disse que era "meio surdo", e não ouvia o que os torcedores falavam.

"Nós que somos profissionais, temos que agir pela razão, o torcedor age com a emoção, se formos substituir atletas atendendo aos pedidos da torcida, no primeiro tempo, já teremos trocado todo o time. o jogador erra uma jogada o torcedor pede pra retirá-lo, se ele acerta o torcedor aplaude, então é preciso saber lidar com o que vem das arquibancadas. Todo jogador tem um custo para o clube, não posso sair tirando atletas que estão trabalhando, fazendo uma atividade há quase um mês, o que faço é investir e fazer com que ele acredite, para depois render bem ao time", finalizou.

Fonte: Eduardo Rabêlo