Autonomia da UEPB vai para os TT's e governador da PB enfrenta nova "crise de imagem"
A Hashtags #AutonomiaDaUepb e a sigla UEPB foram parar nos Trending Topics nacionais, conforme dados do próprio Twitter. O motivo das inúmeras tuitadas de estudantes sobre a Universidade estadual da Paraíba é a suposta decisão do governador do estado, Ricardo Coutinho (PSB), de retirar a "autonomia financeira" da instituição, conforme declarações no início da tarde de hoje da reitora, Marlene Alves.
A professora Marlene é conhecida em Campina Grande pela boa relação que sempre nutre com o ex-governador e hoje senador, Cássio Cunha Lima, o que por si só já descaracterizaria uma briga política, já que Ricardo é aliado de Cássio.
O fato é que o governador usou o twitter para desmentir o fim da autonomia da instituição e jogou mais lenha na fogueira, fazendo insinuações sobre o "apetite financeiro" da reitora: "O que não pode é alguém confundir autonomia com soberania e querer mais recursos do que aqueles necessários para tocar ampliar a instituição".
O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital (PMDB) cidade onde se situa a universidade, também criticou a postura do governador, em entrevista na tarde de hoje.
Ricardo diz que privatização da UEPB é ‘conversa fiada’, mas reitora ataca: ‘Ele rasgou a lei da autonomia’; entenda polêmica
O governador Ricardo Coutinho reagiu indignado hoje aos rumores de que estaria engendrando a privatização da Universidade Estadual da Paraíba. Mas foi rebatido em seguida pela reitora da instituição, Marlene Alves, que atacou: “Ele rasgou a Lei da Autonomia da UEPB”.
Ela revelou que o Estado só repassou R$ 18 milhões para a universidade. A Lei de Autonomia, aprovada em 2004 pela Assembléia Legislativa, prevê repasse de 5,77% das receitas ordinárias. O que representa, pelos cálculos da reitora, desembolso de R$ 27 milhões.
“Conversa fiada”
Em entrevista ao programa Fala Governador – e também via rede social Twitter - Coutinho lamentou desperdício de energia com “invenções e mentiras”. E acusou o senador Vital Filho, do PMDB, de ser autor dos boatos para desestabilizar a Paraíba.
Para Coutinho, a privatização não passa de “conversa fiada”.
Ele acrescentou: “O que não pode é alguém confundir autonomia com soberania e querer mais recursos do que aqueles necessários para tocar ampliar (sic) a instituição”.
A reitora insiste, porém, que o volume do duodécimo está previsto em lei e não cumprir o teto é desrespeitar a legislação, comprometendo por tabela a autonomia da UEPB.
Ela adiantou que fará “via crusis” em gabinetes políticos para garantir o cumprimento integral do repasse.
Uma sessão especial já está agendada na Assembléia Legislativa para debater a polêmica em torno da instituição.
O tema é destaque hoje nas redes sociais, liderando os tópicos mais comentados em todo o País.
Fonte: ClickPB / Portal Correio
Postada por Higo de Figueirêdo
