Policiais militares que prestam serviço no parque de exposição reclamam falta de apoio
O comando do 3º BPM de Patos resolveu de uma hora para outra a situação dos veículos apreendidos que ocupavam todo o espaço físico do quartel, cuja ocupação acabava inviabilizando o espaço que é reservado para as viaturas.
Depois de muitos apelos feitos ao governo do estado para que apresentasse uma solução definitiva para o problema, o qual ficou acordado uma parceria entre Polícia Militar e 4ª CIRETRAN, todos os veículos que estavam praticamente abandonados pelos proprietários no pátio do quartel foram recambiados ao Parque de Exposição no Alto da Tobiba visto que o lugar apresenta um bom espaço físico para abrigar os veículos.
A grande "dor de cabeça" agora para o comando é tentar apaziguar a situação dos policiais que "tiram serviço" no local. Muitos estão insatisfeitos com a falta de apoio para os que ali prestam serviço.
A redação foi procurada por uma equipe de policiais (preferiram não se identificar temendo represálias) e pôde constatar a insatisfação. Segundo eles a nova modalidade adotada pelo comando é a escalação de dois homens para resguardar o local, visto que por lá são recolhidos não apenas motocicletas, mais também veículos semi-novos que são passíveis de roubo.
O "sucatão", nome adotado pelos próprios policiais para identificar o parque de exposição, está sendo utilizado pela secretaria de Agricultura do Município no acolhimento de animais que são abandonados ou capturados pela Polícia Rodoviária Federal.
O problema, segundo os militares, é que falta apoio do comando para que eles possam fazer a guarda do local. Eles também alegam que não é de sua responsabilidade a execução deste serviço atribuindo competência ao DETRAN. Dizem que há uma ausência de "dignidade e respeito".
Segundo os praças, quando precisam tomar banho, são obrigados a se lavar com uma mangueira nas Baias e na hora do repouso se deitam nos cochos (local onde se coloca a ração para o gado).
A indignação maior ainda para os policiais é que eles também são obrigados a fazer as necessidades fisiológicas a céu aberto, no meio do mato, por falta de saneamento e banheiros adequados. Dizem que o local, por ser específico para o recolhimento, principalmente de jumentos, deixa vulnerável risco de eles adquirirem doenças infectocontagiosas por causa das fezes dos animais e dos próprios policiais.
Fonte: Mário Frade / Portal Patos
Postada por Higo de Figueirêdo