Com dívida de R$ 130 mil, presidente diz que Esporte pode deixar de existir
O desabafo é do presidente da Junta Governativa do Esporte de Patos, Admar Abreu, preocupado com o futuro do tradicional clube sertanejo que completou 60 anos justamente no seu momento de maior crise. Ele se diz preocupado, demonstra cansaço com a inércia dos demais dirigentes e ameaça 'jogar a toalha'. O futuro é incerto.
- Passamos por um problema seríssimo. Se nada for feito, o Esporte de Patos corre o risco de deixar de existir para sempre – lamenta.
O clube foi fundado em 1952 e rivaliza na cidade com o Nacional, fazendo um dos mais tradicionais clássicos do interior paraibano. Mas se o Nacional já foi campeão paraibano em 2007, o máximo que o Esporte conseguiu foi o título do Torneio Início do Paraibano de 1993 e o da 2ª divisão do Campeonato Paraibano de 2005.
No ano em que completa 60 anos, a ideia era de se fazer uma grande festa no Campeonato Paraibano de 2012. Montou o elenco, repatriou o experiente atacante Edmundo (artilheiro dos campeonatos paraibanos de 2009 e 2010) para ser o craque e garoto-propaganda do time e foi para a disputa. Mas as coisas não deram certo.
Sem dinheiro e com seguidos atrasos salariais, o Esporte enfrentou greve de atletas e o próprio Edmundo acabou abandonando o elenco no meio da competição. E apesar do bom início de competição, a equipe entrou em declínio e a crise afetou o desempenho dentro de campo.
Terminou rebaixado, ocupando a penúltima colocação com apenas 10 pontos. Foram apenas três vitórias e um empate e 15 derrotas. O time marcou 25 vezes, mas sofreu 50 gols. Terminou 13 pontos atrás do Auto Esporte, o último dos clubes que não foram rebaixados.
No ano em que completa 60 anos, a ideia era de se fazer uma grande festa no Campeonato Paraibano de 2012. Montou o elenco, repatriou o experiente atacante Edmundo (artilheiro dos campeonatos paraibanos de 2009 e 2010) para ser o craque e garoto-propaganda do time e foi para a disputa. Mas as coisas não deram certo.
Sem dinheiro e com seguidos atrasos salariais, o Esporte enfrentou greve de atletas e o próprio Edmundo acabou abandonando o elenco no meio da competição. E apesar do bom início de competição, a equipe entrou em declínio e a crise afetou o desempenho dentro de campo.
Terminou rebaixado, ocupando a penúltima colocação com apenas 10 pontos. Foram apenas três vitórias e um empate e 15 derrotas. O time marcou 25 vezes, mas sofreu 50 gols. Terminou 13 pontos atrás do Auto Esporte, o último dos clubes que não foram rebaixados.

Passados dois meses do fim da competição estadual, a situação é cada vez pior. Segundo Admar, o clube tem uma dívida de R$ 130 mil e a maior dos jogadores do elenco estão com três meses de salário as atrasados. Os contratos foram desfeitos com o fim da competição, mas a dívida persiste.
Em meio a isto, ações trabalhistas em curso complicam ainda mais a situação do time. Numa das partidas do Paraibano, uma decisão de bloquear a renda provocou grande tumulto no estádio.
- Temos uma dívida grande com hotel, com jogadores e com a comissão técnica. É um problema seríssimo e de difícil solução. Não sei bem o que fazer – declarou.

tumulto em frente ao Estádio José Cavalcante
(Foto: Damião Lucena)
Ele explica que o principal problema foi o prometido Gol de Placa, lei estadual que previa um repasse financeiro ao clube, mas que simplesmente não foi liberado pelo Governo da Paraíba. E assim, o clube quebrou.
- Do jeito que está não dá para mim mais – desabafa, ponderando em seguida que apenas o Gol de Placa poderia renovar as esperanças da agremiação patoense.
As críticas de Admar recaem agora para os demais integrantes da Junta Governativa, que assumiu o clube no início do ano justamente para dividir a gestão do Esporte. Segundo ele, ninguém se reuniu mais desde que o clube foi rebaixado.
- Não houve mais nenhuma reunião desde que o Campeonato acabou. Não se resolveu mais nada, nem ninguém avaliou o que fez e o que ainda precisa ser feito pelo Esporte. É um problema – frisou.
Fonte: GE/PAraiba