Crise no Hospital Regional de Patos pode ter chegado ao fim
A crise gerada pela entrega dos plantões extras dos médicos do Hospital Regional de Patos pode ter chegado ao fim de uma forma negativa para esses médicos. A Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba não cedeu ao pedido de isonomia no valor pago aos médicos plantonistas que atendem no Hospital Regional de Patos e os substituiu por outros vindos de diferentes regiões do Estado.
Em uma reunião que começou ás 20:00h e teve seu encerramento por volta das 23:00h desta quarta-feira, dia 04, representações da sociedade civil organizada através do Sindicato Médico, Conselho Municipal de Saúde, Igreja Católica, GIAASP e direção do Hospital Regional de Patos, dentre outros, debateram várias questões inerentes a crise no Hospital Regional de Patos. O encontro aconteceu na sala da direção geral do Hospital Regional e foi conduzida pela diretora Sílvia Ximenes.
Pastor John Philip Medcraft, presidente do Grupo Independente de Análise e Ação Social e Política de Patos – GIAASP confessou: “Somos solidários com os médicos que merecem ser respeitados como são os médicos em Campina Grande e João Pessoa, nós compreendemos isso. Somos solidários com isso. E ao mesmo tempo somos solidários com o povo que precisa de atendimento. Por isso a longa conversa para chegarmos a um denominador comum e iniciar uma melhora nessa situação”, disse John. Segundo Pastor John, os médicos terão um tempo para refletir sobre a situação até o final deste mês.
João Bosco Valadares, presidente do Conselho Municipal de Saúde fez a seguinte avaliação: “A reunião foi importante porque colocou a mesa todos os pontos para a sociedade civil organizada como para classe médica, assim bem como a direção do Hospital. Eu colocava desde o início desse processo: faltava diálogo, faltava sentar a mesa todos os atores desse processo. Depois de um logo espaço de tempo a gente chega a algo concreto. Saímos daqui confiantes nos homens e mulheres de bem de todo esse processo, seja na classe média, na direção do Hospital e nós que fazemos a sociedade civil organizada, de que a saúde é um bem comum a todos. Trabalhadores olhando seu lado, governo vendo as questões administrativas, mas todos pensando na população. Pelo menos o governo abriu umcanal de diálogo”, relatou Bosco.
“A reunião foi proveitosa. Convocamos a classe médica para retornar aos seus plantões de imediato, uma vez que a gente não pode deixar a sociedade patoense e da região desassistida da saúde. Dessa forma com a convocação de imediato, os médicos ficaram de fazer via sindicato uma proposta para eu levar ao governo e ao secretário de saúde. 220 plantões foram entregues pelos médicos. Diante disso temos uma escala preenchida por médicos de Campina e João Pessoa. Queremos os médicos de Patos, mas se esses não quiserem retornar os seus plantões nós vamos substituir por médicos de outros locais. Queremos os médicos de Patos, mas se esses não quiserem não podemos deixar a população desas sis tida”, disse Sílvia.
A direção do Hospital Regional de Patos garantiu a normalização do atendimento médico, inclusive nos finais de semana. Sílvia Ximenes não descartou a possibilidade do Hospital Regional de Patos ser administrado por uma Organização Social – OS.
Fonte: Jozivan Antero – Patosonline.com
Postada por Higo de Figueirêdo